Primeiro dia do II Congresso Brasileiro dos Promotores de Eventos foi marcado pela discussão sobre a subjetividade dos critérios de cobrança do ECAD, além do planejamento tributário e os desafios na realização de festivais e grandes eventos

Cerca de 500 profissionais da área de eventos e do entretenimento de todo o país estão em Belo Horizonte para participar do II Congresso Brasileiro dos Promotores de Eventos. O evento, realizado pela ABRAPE –  Associação Brasileira dos Promotores de Eventos, teve como uma das principais pautas, em seu primeiro dia, as discussões sobre a polêmica forma de cobrança do ECAD. Foram abordados também temas importantes como o planejamento tributário e os desafios na realização de festivais e grandes eventos.

Para o Doreni Caramori, presidente do Grupo All, de Florianópolis (SC), é muito importante estabelecer uma voz única para a negociação das cobranças do ECAD. “Há um afastamento e uma inflexibilidade gigantesca. Por isso, o que eu mais vejo hoje na prática são absurdos do ECAD, mas também absurdos de produtores que dificultam esta comunicação. Há um aumento da judicialização que inevitavelmente acarreta na relação instável entre todos os envolvidos, o que prejudica a todos no mercado”, afirmou.

De acordo com o presidente da ABRAPE, Carlos Alberto Xaulim, o questionamento da entidade não é se deve ou não pagar, mas sim a forma como os valores são definidos. Ele diz que os critérios do ECAD são muito subjetivos e provocam uma relação muito conflitante, mas percebe que as mudanças necessárias já estão ocorrendo. “Tenho 40 anos de profissão, e agora eu começo a ver que estamos nos unindo e assim que eu acredito que nós vamos mudar esse cenário atual de maneira coletiva, usando a nossa influência e experiência. O setor de produção de eventos talvez seja um dos mais fortes do país, pois mexemos com o entretenimento e a alegria e é isso que o Brasil está precisando: mudar a pauta negativa para a positividade”, contou.

Os departamentos jurídicos dos produtores associados à ABRAPE decidiram se unir em um grupo de comunicação online para discutir e definir as ações que pautarão as negociações com o ECAD e outros assuntos.  “Nosso desafio é fazer desse encontro uma oportunidade de grupos de discussões para que sempre estejamos unidos pelo empreendedorismo deste mercado, completou Carlos Alberto Xaulim.

A pauta do primeiro dia do congresso incluiu ainda o planejamento tributário para eventos e ainda A filosofia, conceito, construção e todas as fases da produção e operação dos grandes eventos realizados no Brasil, como o Pedro Leopoldo Rodeio Show, Planeta Atlântida e Caldas Country Festival. Representantes de empresas da cadeia de eventos e escritórios artísticos de grandes nomes da música nacional estiveram presentes com stands durante o evento, que vai até o final desta quarta-feira com importantes temas e debates.  

Mais informações e inscrições em www.abrape.art.br.


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