Quando a tecnologia responde mais rápido que o gestor, como manter autoridade e conexão?
Em um mundo corporativo cada vez mais automatizado, veloz e cheio de respostas prontas, uma pergunta começa a circular (com um sorrisinho no canto da boca, mas uma pulga atrás da orelha): quem lidera de verdade, o gestor ou o Chat GPT?
A provocação foi destaque no RH Leadership Xperience 2025, um dos maiores eventos de liderança e saúde mental da América Latina, e movimentou os bastidores das conversas. Para Edith Cardoso, especialista em desenvolvimento humano e liderança regenerativa, a tecnologia é bem-vinda, mas o papel humano do líder nunca foi tão necessário.
“Hoje, a IA responde em segundos, tem dados infinitos e até sugere frases inspiradoras. Mas ela não substitui visão, autenticidade, nem cria conexão de verdade com um time. Se o líder for apenas um repetidor de ordens ou um repassador de informações, vai perder relevância rápido”, alerta Edith, que é CEO da Arhea51 e atua há mais de 14 anos com treinamentos em todo o Brasil.
A tecnologia é ótima. Mas quem inspira é você.
No dia a dia das organizações, a inteligência artificial pode (e deve) ser usada como aliada: para otimizar tarefas, agilizar relatórios, gerar insights e facilitar a comunicação. Mas nenhum algoritmo substitui o olhar estratégico, a escuta genuína e a capacidade de inspirar e influenciar pessoas com propósito.
“Estamos entrando em uma era onde o líder precisa ter coragem para ser referência, mesmo em meio a tantas vozes automáticas. A diferença está na intenção, no exemplo, na capacidade de traduzir complexidade em direção clara. Isso só o ser humano, com consciência e preparo, consegue fazer”, reforça Edith.
Liderança autêntica em tempos digitais
A chamada “liderança regenerativa”, conceito difundido por Edith Cardoso, propõe uma atuação com mais presença, escuta ativa, senso de coletivo e visão de longo prazo. Em ambientes saturados de dados, ganha quem tem clareza de valores, coragem para tomar decisões difíceis e habilidade para conduzir equipes com empatia e firmeza.
“O líder do futuro é o que se mantém humano, mesmo cercado por máquinas inteligentes. É quem usa a IA como ferramenta, mas nunca terceiriza o próprio protagonismo”, afirma.
Se a sua equipe está recorrendo mais à IA do que à liderança, talvez seja hora de reavaliar o posicionamento. Afinal, como lembra Edith: “O ChatGPT até pode dar boas ideias. Mas só você pode dar direção.”
Fonte: Edith Cardoso – CEO da Arhea51, Administradora de Empresas com especialização em Gestão Estratégica de Pessoas e Liderança. Especialista em desenvolvimento humano com mais de 14 anos de experiência. Atua com treinamentos e palestras em todo o Brasil. Master Coach, Analista Comportamental e referência em liderança regenerativa. | @euedithcardoso @arhea51.treinamento.
Foto: Acervo Pessoal | Divulgação.
atualizado em 19/05/2025 - 12:21